quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os ingressos seriam mais baratos
se não houvesse meia-entrada?

Apenas transcrevendo uma reportagem que saiu na Revista SuperInteressante, da Abril, de Julho de 2011, página 42 (na capa: Os Anos Ocultos de Jesus).



Tema bem polêmico, para colocar a gente para pensar e discutir...

Abraços e ate+
Leandro M.D.
jul2011/mai2012

"Palavras são como sementes: 
 Existem as Positivas e as Negativas.
 Nós escolhemos quais delas alimentar."
np - Zeca Baleiro - Heavy Metal do Senhor



seção RESPOSTAS:
Os ingressos seriam mais baratos se não houvesse meia-entrada?
Sim. O preço é maior porque 80% pagam meia


Quando a UNE conquistou para os estudantes o direito de pagar metade do preço nos eventos culturais, ainda na década de 1940, foi uma vitória. Mas o benefício acabou se tornando um fardo para quem paga inteira.

A conta é simples: o produtor sabe quanto quer ganhar e estima que 80% vai entrar pagando meia; cabe aos outros 20% cobrir o prejuízo. "Como a maioria paga metade, o preço tem de subir para a conta fechar", diz Adhemar Oliveira, responsável pelos cinemas Unibanco Arteplex. No teatro não é diferente. "Sempre calculamos antes quantos vão entrar pagando meia para depois definir o preço da inteira", conta o diretor da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo (Apetesp), Paulo Pélico.

As projeções mostram que, se a meia-entrada não existisse, o preço do ingresso inteiro cairia para quase a metade. Com a diferença de que valeria oficialmente para todo mundo.





Barato que sai caro
Entenda como a meia-entrada torna os ingressos mais caros:


COMO É HOJE

80 X R$10

Em uma sala de 100 pessoas, 80 pagam meia.
Os outros 20% de entradas ínteíras.

COMO FICA A DIVISÃO DO INGRESSO
R$800 + R$400 = R$1200
COM DESCONTO DE 30%

80 X R$11

Nessa hipótese, os estudantes têm 30% de desconto.
E a entrada inteìra seria 20% mais barata.

COMO FICA A DIVISÃO DO INGRESSO
R$880 + R$320 = R$1200
SEM DESCONTO

100 X R$12

Todos pagam o mesmo preço.

= R$1200


DESCONTOS PARA ESTUDANTES PELO MUNDO

Brasil - 50%
Reino Unido - 30%
Chile - 30%
EUA (só para crianças e idosos) - 30%

Texto: Juliana Elias
llustrações: Caracol

E aí? O que acha disso? Concorda? Discorda?

3 comentários:

  1. Eu truco!

    Se não tivesse meia, a desculpinha seriam os impostos, igual fazem as montadoras de veículos...
    E já provaram que veículo feito aqui, comprado fora (pagando frete pra fora e imposto de fora), reimportado (pagando frete pra cá e imposto absurdamente alto de importação de veículo) sai mais barato que o mesmo veículo vendido aqui com redução de IPI...

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  2. No Brasil eu não acredito, pode ser em qualquer pais do mundo mais aqui não.
    O dolar é um exemplo, quando tá alto dizem que o ingresso de um show internacional é caro por isso, aí o dolar abaixa e o preço não segue a queda, com a meia entrada seria a mesma coisa.

    Fernando

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  3. Eu penso que não. No cinema de Mauá, ainda que só tenha filme dublado e seja do desconhecido Araújo, tem feito promoção de segunda e quarta meia para todos e a sessão mais cara (não 3D) tem sido inferior ou semelhante às mais baratas de alguns Cinemark.

    Além disso, hoje bancos contam com parcerias por meia entrada. Banco Itaú paga meia no Playarte, na UCI (por períodos limitados) e claro no Espaço Itaú de cinemas. O cliente Bradesco paga meia no Cinemark e o Santander paga meia na rede de cinemas Cinépolis (e para Mauá vem essa merda de Araújo que ninguém dá desconto. Bem que pelo menos a Caixa Econômica Federal – se bem que o cinema de Mauá nem cartão mais aceita), e outros que eu nem lembro. Tá certo que só vale para um ingresso para o titular, mas sempre se dá um jeitinho. Algumas redes vc consegue esse desconto até na compra virtual. E não se pode esquecer a promoção do Cinemark das 15:00. É ficar ligado que dá para ver vários filmes pagando meia em muitos deles sem, contudo, burlar a lei, mesmo não sendo mais estudante.

    A briga na verdade é por causa dos que falsificam carteirinhas e porque, ao contrário do que deve vigorar no contrato com o determinado banco, esse benefício para a UNE não injeta dinheiro na rede. Aí fica o círculo. O povo falsifica para pagar menos e o cinema justifica o aumento por causa da regra. Se realmente isso afetasse o rendimento dos cinemas, principalmente para o grande Cinemark, não haveria essas promoções e parcerias por tempo ilimitado.

    E é mais o Cinemark quem briga contra. O dono da rede sempre se manifestou como o maior inimigo desse benefício. Na época tentaram até gerar um boicote contra a rede pelo ainda popular Orkut. O problema é que eles são disparados a maior rede aqui de São Paulo. Pelo menos na região do ABC tem sido a melhor opção do ABC, já que o Playarte só tem no antigo Mappim e no shopping de Diadema (esse último só com sessões dubladas) e o de Mauá, bom, já mencionei acima. Quem sabe se um dia terminarem a reforma da unidade Playarte que dizem haverá no Metrópole (é capaz de sair o Monotrilho em SBC e não abrirem essas salas)! Se bem que há rumores de um cinema no Carrefour de Santo André (perto da Pirelli) e que o shopping de Mauá deve ganhar um outro cinema (ou substituir o atual), com mais duas salas (hoje tem cinco) e cujo nome ainda não foi divulgado (eu, particularmente, torço por um Playarte ou pelo UCI).

    Kleber

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